Mônica Cavalcante

Professora e feminista

30/11/2022 11h13

 

A Arte na Luta pelo Fim da Violência

Os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas é uma campanha anual e internacional é uma mobilização mundial que ocorre em mais de 160 países, sendo realizada no Brasil desde 2003. O período 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil, a mobilização abrange o período de 20 de novembro a 10 de dezembro, dia alusivo à declaração universal dos direitos humanos. Este ano, o encerramento será dia 12 de dezembro.

A campanha tem o objetivo de mobilizar de indivíduos e organizações em todo o mundo para o engajamento na prevenção e na eliminação da violência contra mulheres e meninas.

A violência contra a mulher é todo ato lesivo que resulte em dano físico, psicológico, sexual, patrimonial, que tenha por motivação principal o gênero, ou seja, é praticado contra mulheres expressamente pelo fato de serem mulheres.

A violência contra a mulher pode ser praticada no âmbito da vida privada em ações individuais, exemplos disso são o assédio, a violência doméstica, o estupro, o feminicídio, a violência obstétrica, constrangimento, humilhação, ridicularização, isolamento, perseguição, chantagem, controle, coação a presenciar ou participar de relação sexual indesejada, impedimento do uso de método contraceptivo, indução ao aborto ou à prostituição, qualquer ação que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos, bens, recursos, documentos pessoais, instrumentos de trabalho, qualquer ação que configure calúnia, injúria ou difamação.

A violência de gênero, não só enquanto ato físico, mas simbólico de desvalorização e subjugação social da mulher, é um fenômeno tão antigo quanto a própria humanidade. Embora se ouça falar de sociedades (lendárias ou não) que eram lideradas por mulheres, a ampla maioria das civilizações foi caracterizada por modelos de poder e liderança masculinos.

Exemplos de práticas do modelo patriarcal são a obrigatoriedade da mulher manter relações sexuais com seu marido a despeito da sua própria vontade, a “legítima defesa da honra masculina”, que por muito tempo foi legal e socialmente aceita”, e outras coisas desse tipo que já comentamos por aqui e continuaremos a fazer.

Imagina se pressupostos conceituais sobre o que luta e defende o FEMINISMO, fossem o contrário, ou pelo menos parecidos aos do MACHISMO E PATRIARCADO.

Nessa luta pela dignidade, respeito e empoderamento feminino e feminista, as artes vem sendo caminhos e lugares de RESISTÊNCIA, ecoando em vozes, e muitas outras vozes que ressoam.

Escritoras, atrizes, poetizas, escultoras, filósofas, cantoras veem projetando sua visibilidade para a construção de um legado do pensamento revolucionário de amplitude da força social, ética e política a que pertence ao ser humano mulher.

Nesse viés da arte, destaco uma cantora, e mais especificamente, uma canção. De forma lúdica, inteligente e potencialmente influenciadora para as novas gerações que não se calam tão diante das questões importantes, a cantora Taylor Swift dá vida, literalmente, ao single ‘The Man’, uma mensagem crítica à masculinidade tóxica. No vídeo, Swift vive (isso mesmo, veste-se e incorpora) um homem barulhento, rude, que grita com os colegas de trabalho. Ele fuma cigarro no metrô e senta de forma imprópria, e até recebe o prêmio de “Melhor Pai do Mundo” – apenas por passar tempo com os filhos.

Mais do que uma crítica atual, ‘The Man’ é uma crítica inteligente. Por ser “o cara” do clipe, Taylor Swift mostra muitas atitudes tóxicas dos homens são consideradas normais. As mulheres, por outro lado, precisam lutar em dobro por um lugar ao sol. O que leva a cantora a dizer na letra se “chegaria mais rápido se fosse o cara”.

O que tem uma estrela internacional da música pop com o nosso tema?

Na referência deste artigo a autora Bruna Cristina https://ultrapop.com.br/author/brunacristina/, conta a história desse clipe e o que motivou Swift a tanto engajamento social.

arte é uma das formas do ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura, mas também de aprender.

PARTICIPE das ações de construção de conhecimento e aprenda mais. Ouça MÚSICAS! Leia! Participe de RODAS DE CONVERSAS! PARE E CONTEMPLE A ARTE DE RUA!

UNA-SE às redes de pessoas organizadas e rompa com o silêncio e ciclo de violência contra todas nós!

FEMINISMO LIBERTA!

Referências:

https://www.onumulheres.org.br/16dias/

https://ultrapop.com.br/musica/the-man-e-a-critica-de-taylor-swift-a-masculinidade-toxica/

REZENDE, Milka de Oliveira. "Violência contra a mulher"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/violencia-contra-a-mulher.htm. Acesso em 25 de novembro de 2022.

*ESTE CONTEÚDO É INDEPENDENTE E A RESPONSABILIDADE É DO SEU AUTOR (A).

 


*ESTE CONTEÚDO É INDEPENDENTE E A RESPONSABILIDADE É DO SEU AUTOR (A).