Professora e feminista
Um Jogo de Espelhos: Quando a Polêmica Ofusca a Verdade
Por algum tempo, a partir da experiência como candidata a vice-prefeita em Parnamirim, terei “assuntos” para colocar em pauta (coisa que já fazia antes!!!), mas no que diz respeito ao cenário midiático potiguar, um espetáculo perturbador se desenrola diariamente. Autoproclamados polemistas, orgulhosos de suas opiniões contundentes, “bloguistas derradeiros” seguem despejando um desserviço público que constrói narrativas perversas e aprofunda desigualdades em detrimento apenas de movimentação em seus perfis, patrocínios e interesses mesquinhos.
Neste jogo de espelhos, onde excrecências são defendidas como “opinião”, suas práticas ofuscam a verdade, e merece uma análise crítica e uma reflexão sobre o papel da mídia em nossa sociedade.
Sem consumir muito a leitura, destaco a categoria “deboche” como um desses pontos de destaque. Isso, está longe de ser engraçado, e torna-se uma desgraça repetitiva que não merecemos e devemos relegar ao lixo da história. Não há "acerto" nesse jogo de esmagar as redes com desinformações e manipulações. A geração de polêmica e a manutenção de uma base de leitores que seguem nessa manobra alinhadas a uma ideologia construído ao longo da história pautada na figura do indivíduo e de suas respectivas liberdades, agora levantam sérios questionamentos sobre o verdadeiro “compromisso jornalístico” desses indivíduos.
Estariam eles mais interessados em informar ou em provocar?
A seletividade na aplicação de critérios éticos é, talvez, a contradição mais flagrante. Tome-se como exemplo a cobertura da disputa eleitoral em Parnamirim/RN. O mesmo candidato que foi rotulado como "raposa no galinheiro" em um momento, também se “categoriza” como “oposição”. Tudo isso num mesmo blog. Isso mesmo.
Essa uma narrativa criada para interesses que não apenas confunde o cidadão, mas também presta um desserviço que mina a credibilidade daquelas que formam e informam como um todo aos interesses públicos de nosso povo.
O sensacionalismo e a parcialidade são ervas daninhas, que a sociedade não merece e, necessita de uma mídia que priorize a verdade e, que busque informar ao invés de provocar, contribua para a construção de um debate público saudável e construtivo.
É hora de varrermos esse desserviço para o lixo da história e exigirmos uma mídia ética, responsável e comprometido com a verdade. Só assim poderemos superar as divisões artificiais criadas por esses jogos de espelhos e caminhar em direção a uma sociedade mais justa, informada e democrática.
*ESTE CONTEÚDO É INDEPENDENTE E A RESPONSABILIDADE É DO SEU AUTOR (A).