Mônica Cavalcante

Professora e feminista

"Capítulo 4, Versículo 3"

“Saibam que o Senhor escolheu o piedoso; o Senhor ouvirá quando eu o invocar.” (Salmos Cap.4:Vers.3)

Em meio a essa avalanche de mudanças que nos cerca, com novidades surgindo a cada instante, como a gente se mantém firme sem se perder no turbilhão dessa dança incessante entre o antigo e o novo? Essa dança é vibrante, é energizante, e nos coloca num dilema constante: mergulhar nas novidades ou se agarrar ao conforto do familiar. No fundo, o que realmente nos guia nessa loucura que é viver? A violência, essa sombra que se espalha por cada canto da nossa sociedade, nos faz parar e refletir profundamente sobre como verdadeiramente convivemos.

Ah, o Brasil! Nosso palco de futebol e carnaval, que nos enche de vida, mas que esconde, sob suas festas e alegrias, desafios bastante complexos. A violência, infiltrada em cada canto, em cada lar, em cada relação, tornou-se uma linguagem sombria que, de forma estranha, começamos a aceitar e, o que é mais alarmante, às vezes até a glorificar. Como chegamos a esse ponto? Neste país incrível, de diversidade cultural e riqueza estonteantes, por que a violência se tornou tão comum? Perdemos nossa capacidade de empatia, de compreender o outro, de respeitar um ao outro? Ou será que essa brutalidade é apenas a manifestação de problemas sociais muito mais profundos, clamando por nossa atenção?

Esses problemas não apareceram do dia para a noite. Eles são o resultado visível de desigualdades profundas na estrutura da nossa sociedade, falhas sistêmicas que afetam desde a educação até a saúde, o trabalho e a moradia. E a segurança pública, então? É só a ponta do iceberg. O grande desafio é: como vamos encarar essas crises sociais que alimentam incessantemente o ciclo da violência?

Já passou da hora de agitar as águas! Será que a solução para curar uma sociedade assolada pela violência se encontra apenas em medidas repressivas? Precisamos desesperadamente de uma abordagem mais holística, que vá à raiz dos problemas e promova uma cura real.

Para entender profundamente a complexidade da segurança pública no Brasil, precisamos ir muito além da luta contra o crime; precisamos compreender e desmontar as estruturas que sustentam a violência. Esse desafio imenso exige uma ação conjunta do Estado e uma mudança radical na forma como a sociedade inteira percebe e lida com estas questões.

Como, então, vamos mudar o curso dessa dança entre a humanidade e as mudanças, usando nossa energia para construir uma sociedade mais justa, segura e acolhedora? Esse é o convite para todos nós, participantes ativos dessa grande coreografia social. Enfrentando esses desafios, poderemos finalmente descobrir um novo ritmo, uma sinfonia de harmonia que nos permitirá caminhar juntos, rumo a um futuro no qual a violência seja apenas uma lembrança distante.

Quando penso na arte como nossa forma de expressão, especialmente em momentos conturbados como a discussão sobre a representação dos policiais em um desfile de carnaval, fico emocionada com o incrível poder que a arte tem de nos afetar. Para mim, a arte vai além de uma simples forma de expressão; ela é a nossa voz que ressoa profundamente, é o reflexo de quem somos, é a nossa forma pacífica de lutar. Com a arte, não precisamos recorrer à violência; temos o poder das ideias, da educação e da união para enfrentar as injustiças.

Faço questão de destacar a importância de defendermos a "Arte na Luta pelo Fim da Violência". Ao fazer isso, não estamos apenas reconhecendo, mas estamos celebrando o poder transformador da arte. Ela cria um espaço sagrado onde, juntos, podemos sonhar e construir um mundo sem violência. Para mim, isso é motivo de grande alegria e uma razão para dançar, celebrar e espalhar essa mensagem com toda a energia que possuímos.

Reitero o que disse anteriormente sobre a "Arte na Luta pelo Fim da Violência". Acredito de coração que essa é uma das formas mais autênticas e eficazes de expressarmos nossas emoções, contarmos nossas histórias, compartilharmos nossa cultura, aprendermos uns com os outros e, acima de tudo, lutarmos de forma pacífica. Não precisamos de armas quando temos ideais, educação e a capacidade de crescer juntos. Essa é a essência da arte, e é por isso que ela é tão valiosa para mim e, acredito, para todos nós que sonhamos com um futuro mais pacífico e justo.

E, ao falarmos de arte como forma de expressão, especialmente em meio a controvérsias como a representação dos policiais em desfiles de carnaval, é o momento de celebrar o extraordinário poder da arte! Ela é nossa voz, nosso espelho, nossa ferramenta pacífica. Através da arte, combatemos não com violência, mas com ideias, educação e a força de nossa identidade coletiva. Defender a "Arte na Luta pelo Fim da Violência" é reconhecer o poder transformador da arte, um espaço onde, juntos, podemos sonhar e construir um mundo livre da violência. E isso, meus amigos, é algo pelo qual vale a pena dançar com toda a empolgação do mundo!

“Laroyê, axé me dê licença,
Saravá, seu Tranca-Rua
Eu não ando só, o papo é reto

Renegados da moderna arte
Não faço parte da elite
Que insiste em boicotar”