Professor Carlos Gomes

16/08/2022 10h35

 

A Inteligência no País de Mossoró 

Caro leitor, como vão todos? Espero que muito bem com a Graça de Deus. Então, vamos agora neste pequeno texto, pedir licença para ter o privilégio de conversar sobre um lugar histórico, de um povo valente e trabalhador. Claro! Falamos do País de Mossoró. Todos sabemos da expulsão de Lampião como também, do desenvolvimento econômico desta cidade. Alguns indagam, como isso é possível?

Eu respondo: INTELIGÊNCIA. Como assim, Professor Carlos? Para compor a resposta peço ao amigo leitor que venha comigo no meu raciocínio.

Organizar a resistência em Mossoró precisou de inteligência e coragem, como fez o Prefeito Rodolfo Rodrigues e seus combatentes, para defender a cidade em 13 de junho de 1927, não foi? Para se ter uma ideia do ambiente, o jornalista e escritor Lauro da Escócia em O Mossoroense escreveu: “PARECIA UMA NOITE DE SÃO PEDRO BEM FESTEJADA”. Acesse: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-cangaceiro-lampiao-terror-em-mossoro.phtml

Na área econômica, cabe o mesmo raciocínio para possibilitar as condições de crescimento e o estabelecimento de muitas empresas na zona urbana e rural com renda e trabalho na cidade. Amigo leitor, agora vamos apresentar um lugar entre muitos em Mossoró aonde  “SE PLANTA A SEMENTE DA INTELIGÊNCIA” e que reforça todos os argumentos anteriores.

Tenho o privilégio de trazer para os meus amigos leitores o Projeto Monitorando a Cochonilha de Escama (Dactilópius Coccus) na Plantação da Palma (Opuntia Cohenillefera) através de um boinseticida a base de Liamba (Vitexagnus Castus) do Centro Estadual de Educação Profissional Professor Francisco de Assis Pedrosa da cidade de Mossoró – CEEP-PFAP. O Projeto foi selecionado para o I Congresso de Iniciação Científica da Educação Básica do RN em 2018 e teve sua publicação no livro PESQUISA NA EDUÇÃO BÁSICA: UM NOVO OLHAR PARA A REDUÇÃO DAS DISIGUALDADES da Editora OFFset em 2018 entre outros eventos e publicações.

A equipe de pesquisadoras foi composta pelas alunas Emily Joyce Alves Tertulino, Erica Wanessa de Oliveira Andrade, Klara de Souza Lima e Maria Glenda da Costa Alencar. A orientadora do Projeto foi a Especialista em Docência do Ensino Superior e Docente do CEEP a Professora Elaine Cristina Gomes Aires de Oliveira, de agora por diante Professora Elaine. Pois bem, qual a justificativa que o Projeto nos traz?

O texto do estudo apresenta que “a pesquisa surge da necessidade de encontrar um bioinseticida capaz de combater a Cochonilha de Escama (Dactylopius coccus) encontrada na Palma Forrageira (Opuntia cohenillefera). Porém antes de nos depararmos com essa problemática vale ressaltar o caminho até mesma. A pesquisadora Glenda Alencar relatou entre uma das reuniões da equipe, sobre sua vivência com seu pai no campo e de algumas dificuldades enfrentadas pelos mesmos, entre elas citou uma praga: a cochonilha que infestava a Palma. Desde então, passou-se a pesquisar sobre essa problemática.

Ao pensar nisso, decidiu-se aprimorar a pesquisa com uma visita ao Assentamento Paulo Freire, teve-se então uma conversa informal com o estudante da UFERSA (Universidade Federal Rural do Semiárido Potiguar), Suan Allison da Silva Morais, morador do local. O mesmo, mostrou detalhes e curiosidades sobre a Palma, a praga cochonilha e a Liamba, planta esta utilizada para a elaboração do bioinseticida para o controle da Cochonilha”.

Qual o objetivo? Segundo texto do Projeto: “O presente trabalho teve como objetivo investigar a composição da Liamba (Vitex agnus castus) para a partir de então criar um bioinseticida a base dessa planta. Esse bioinseticida foi necessário para o controle da Cochonilha de Escamas (Dactylopius coccus) na Palma Forrageira (Opuntia conhenillefera). Para elaboração desse bioinseticida utilizou-se a Liamba, água e Álcool 70%”.  

E o que não é menos importante, qual a conclusão do estudo com as perspectivas reais de benefícios que o Projeto pode gerar ou já gerou? As pesquisadoras chegaram aos seguintes conclusões:” Os resultados ocorreram como esperado, de forma que o bioinscetida agiu com eficácia no combate da infestação da Cochonilha na plantação de palma. Vale ainda ressaltar que todos os resultados obtidos foram de modo visual, através de pesquisas no campo e revisões bibliográficas, carecendo ainda de análises em laboratório”. A Professora Elaine reforça: “Vemos assim que, proporcionar aos estudantes do Ensino Básico as condições para o desenvolvimento da pesquisa científica, é colocá-lo em um caminho de descoberta e construção de uma sociedade mais atuante. O contato com a linha de pesquisa e desenvolvimento de Iniciação Científica proporciona ao aluno um leque de possibilidades e o induz a observar com mais atenção à sociedade e seus problemas, sejam eles sociais, econômicos, ecológicos, dentre outros”.

Meu caro leitor. Acredito que ficou patente a clara observação inicial do texto, referente a importância do assunto abordado. Agora, quero agradecer muito o apoio da Subcoordenadora da Educação Profissional da SEECRN Professora Sayonara, que não poupou esforços para concretização dos contatos. A Diretora do CEEP de Mossoró Professora Sidney e a Professora Elaine com suas alunas pesquisadoras, um agradecimento imenso por apoiarem “com vigor” o nosso trabalho de divulgação do importante trabalho de Iniciação Científica. Muito, mais muito obrigado. E continuaremos juntos na defesa da Escola como ambiente de Iniciação Científica. E ao meu querido leitor, meus mais fraternos agradecimentos por ter reservado seu precioso tempo para ler o  texto. Para contatos, basta acessar o Portal Potiguar Notícias. Até a próxima edição com a Graça de Deus. Um abraço fraterno.

 

 


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