Ana Paula de Matos Silva

Mestranda em Análise Ambiental Integrada do Programa de Pós-graduação da Universidade Federal de São Paulo, foi coautora do capítulo 2 “O Impacto Ambiental durante a pandemia da COVID-19: Relação entre a poluição atmosférica e o isolamento social Brasil” do livro “Análise Ambiental Integrada em contextos de pandemia o velho e o novo normal: aprendizados e reflexões sobre impactos socioambientais da covid-19”, publicado em janeiro de 2023.

01/07/2024 12h10
17 de julho: Dia de proteção às florestas
 
O dia 17 de julho foi criado com o intuito de conscientizar sobre a importância das florestas à vida. É uma forma de centralizar ações com enfoque na preservação dos biomas, além de alertar quanto ao consumo consciente e responsável de produtos provenientes das florestas.
 
A data está ligada ao dia do Curupira, também comemorado em 17 de julho. O Curupira é um personagem do folclore brasileiro, considerado o Protetor das Florestas. 
 
Segundo a lenda, o personagem, que possui cabelos vermelhos e pés virados para trás, vive na floresta protegendo-a dos ataques do “homem”. Aqueles que vão à floresta para destruí-la são surpreendidos pelo Curupira que os engana impedindo que retornem às suas casas, deixando-os perdidos na selva.
 
Em São Paulo, no ano de 1968, a deputada Dulce Salles Cunha Braga apresentou um projeto de lei no qual institui o Curupira como símbolo estadual do guardião das florestas e dos animais que nela vivem. Dois anos depois, o projeto da deputada tornou-se a Lei de 11 de setembro de 1970, em vigor desde então no estado.
 
Mas, afinal, qual a importância das florestas em nosso dia a dia?
 
Na natureza tudo que existe precisa estar em perfeita sincronia para manter o equilíbrio e bem-estar, e as florestas fazem parte desse ciclo que mantem o equilíbrio, porém quando ocorre desmatamento ou alguma ação antrópica, automaticamente vários problemas começam a surgir, desde problemas climáticos até o surgimento de doenças.
Com a sincronia afetada, o desequilíbrio é iminente.
 
Basicamente, podemos citar as florestas como sendo:
 
a. Responsáveis pelo sequestro de carbono na atmosfera; consequentemente, contribuem para a regulação do clima;
 
b. Responsáveis pelo regime de chuvas em várias regiões, por meio dos chamados rios voadores: as florestas liberam à atmosfera vapor d’água, que não se restringe apenas na precipitação na floresta, mas que são transportados através dos ventos para várias regiões hemisféricas, proporcionando chuvas. As precipitações abastecem rios, reservatórios de água e irrigam plantações.
 
c. Guarida para milhares de espécies de plantas e animais, muitos ainda desconhecidos pela ciência; e
 
d. Controle natural de pragas e transbordamentos zoonóticos:
quando um ecossistema está em equilíbrio, todos os membros pertencentes desse ciclo evitam que vírus, bactérias e outros patógenos se proliferem. No entanto, a interferência do homem no ecossistema, aumenta a probabilidade de patógenos passarem dos animais silvestres aos humanos, causando assim as chamadas doenças zoonóticas.
 
Diante disso, a proteção das florestas vai muito além de manter o verde: é manter a vida no planeta Terra!
 
Referências:
 
INSTITUTO DE PESQUISAS AMBIENTAIS. No Dia do Curupira, relembre a saga do guardião das florestas no estado de São Paulo. Disponível em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/ipa/2023/07/no-dia-do-curupira-relembre-a-saga-do-guardiao-das-florestas-no-estado-de-sao-paulo/. Acesso em: 27 de junho de 2024.
 
 
SÃO PAULO. Lei de 11 de setembro de 1970. Institui o Curupira como símbolo estadual do guardião das florestas e dos animais que nelas vivem. Departamento de Documentação e Informação. Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1970/lei-0A-11.09.1970.html. Acesso em: 26 de junho de 2024.
 
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Sobre mim:
 
Ana Paula de Matos Silva
 
Mestranda em Análise Ambiental Integrada do Programa de Pós-graduação da Universidade Federal de São Paulo, foi coautora do capítulo 2 “O Impacto Ambiental durante a pandemia da COVID-19: Relação entre a poluição atmosférica e o isolamento social Brasil” do livro “Análise Ambiental Integrada em contextos de pandemia o velho e o novo normal: aprendizados e reflexões sobre impactos socioambientais da covid-19”, publicado em janeiro de 2023. 
 
 

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