Ana Paula de Matos Silva

Mestranda em Análise Ambiental Integrada do Programa de Pós-graduação da Universidade Federal de São Paulo, foi coautora do capítulo 2 “O Impacto Ambiental durante a pandemia da COVID-19: Relação entre a poluição atmosférica e o isolamento social Brasil” do livro “Análise Ambiental Integrada em contextos de pandemia o velho e o novo normal: aprendizados e reflexões sobre impactos socioambientais da covid-19”, publicado em janeiro de 2023.

Você sabia disso?

28/01/2025 10h17

Você sabia disso?

 

O mês de dezembro é marcado pelas confraternizações de final de ano, e quem possui uma alimentação disciplinada (rica em frutas, legumes, verduras e uma rotina de exercícios físicos), encontra dificuldade em manter-se firme diante das delícias dessa época e muitas caem em tentação.

 

Tentação porque, imagine só, ir a uma festa e deparar-se com uma mesa repleta de bolos, mousses, tortas, panetones, pavês, sorvetes, churrasco e muitas gostosuras... e resistir comendo uma maçã ou uma fatia de melancia. É muito difícil! 

Mas como tudo na vida passa, esse período festivo também passa...

 

E janeiro começamos com as promessas e metas de um ano diferente, pois esse é o clima que o fim de um ciclo nos induz; por exemplo: de mais disciplina, de uma vida saudável, de uma alimentação rica em alimentos orgânicos, e eliminação dos embutidos e industrializados. 

 

Por força do hábito, costumeiramente tratamos alimentação à base de frutas, legumes e verduras como sendo uma alimentação saudável, mas há pesquisas que definem que a alimentação só pode ser considerada saudável se também for sustentável - é, pois, olhar além da perspectiva nutricional. 

 

A alimentação saudável e sustentável envolve uma produção que proteja a biodiversidade e promova o consumo diverso, resgatando alimentos, receitas e hábitos culturais tradicionais, estando acessível e disponível a todos em quantidade e qualidade, além de ser produzidos e/ou processados na região por agricultores familiares, de maneira agroecológica, baseada na comercialização justa, aproximando o produtor do consumidor. Além disso, é importante destacar que a alimentação que se enquadra na categoria saudável e sustentável, deve ser isenta de contaminantes físicos, biológicos ou químicos que causem danos a todos os envolvidos de maneira aguda ou crônica.

Será que nossos alimentos são saudáveis? 

 

Há agrotóxicos em nossas maçãs e goiabas? Onde são produzidos nossos alimentos?

 

Um outro ponto importante são os resíduos gerados a partir da alimentação: nos alimentos industrializados, têm-se as embalagens plásticas e de papel que necessitam ser segregadas e destinadas adequadamente de acordo com a Lei 12.305 de 2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos. 

 

E os orgânicos o que temos feito? Será que estamos aproveitando tudo ou estamos desperdiçando? O que temos feito com as cascas das batatas e das abóboras? 

 

É possível aproveitar ao máximo os alimentos, mas esse é tema para uma outra oportunidade.

 

 

Referências:

 

MARTINELLI, Suellen Secchi; CAVALLI, Suzi Barletto. Alimentação saudável e sustentável: uma revisão narrativa sobre desafios e perspectivas. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 24, n. 11, p. 4251-4262, nov. 2019. FapUNIFESP (SciELO). Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320182411.30572017. Acesso em: 26 de janeiro de 2025.

 


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